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domingo, 14 de novembro de 2010

Vila de Paranapiacaba (antiga ALTO DA SERRA)

           Paranapiacaba se localizada no alto da serra do mar entre o planalto paulista e o mar. Visitar Paranapiacaba é voltar no tempo, sua importância histórica se origina nos tempos do Império. Ao caminhar pelas ruas da vila podemos contemplar uma diversidade de paisagens, de um lado da cidade pode-se ver a influência da cultura inglesa na construção das moradias, de outro, moradias em estilo português. A estação ferroviária, o Castelinho, o Museu Funicular carregam em si parte da memória da história do nosso país.


          Na vila todos dizem que Paranapiacaba significalocal de onde se avista o mar”: “paraná” = mar, e “apiacaba” = vista, visão. Mas existem outras versões para esta palavra de origem indígena. Segundo o historiador santista Francisco Martins dos Santos o termo original tupi é “pêranaípiâquaba”, que significa “passagem do caminho do porto do mar”. O historiador Simão de Vasconcelos aborda esse termo: “Paraná-Picaba” era a denominação que os índios davam à serra de Cubatão.
A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se urgente a construção de uma ferrovia, pois o Estado de São Paulo, em virtude de seu desenvolvimento, teve a intensificação do transporte da produção agrícola do Porto de Santos para o Planalto Paulista. Depararam-se com a dificuldade de transpor a Serra, pois naquela época o único meio de transporte era o lombo de burro, além de ser precário, o custo era elevado. A Vila de Paranapiacaba nasce em decorrência da construção desta ferrovia.
Para transpor os 800 metros de escarpa que separavam o planalto da baixada, foi necessária adoção do sistema funicular, baseado em quatro planos inclinados interligados por patamares, onde foram instaladas as máquinas fixas que acionavam os cabos de aço que sustentavam a locomotiva e as composições na subida e descida da serra. O funcionamento deste sistema exigia um grande número de operários, por esta razão constituiu-se o primeiro núcleo de povoamento denominado Varanda Velha, posteriormente conhecido como Vila Velha.
A crescente utilização da ferrovia para o transporte do café do interior até o porto, demandou a construção da segunda linha do Funicular. Esta duplicação requereu a permanência de um número significativo de operários, técnicos e engenheiros no local para atuarem na administração e manutenção das linhas e dos pátios. Por força das circunstâncias, a empresa São Paulo Railway Co., que obteve a concessão deste trecho da ferrovia por 90 anos, optou pela construção de uma vila para abrigar seus funcionários, nas proximidades das instalações ferroviárias.
            A implantação da Vila Martim Smith e a Vila Velha ocuparam uma trecho urbanizado de 323.000 m² dentro de uma área de 1.949.820 m² pertencente ao Império. Para justificar esta concessão, o poder público ressaltou os resultados positivos da implantação da ferrovia, como por exemplo a valorização das terras, a possibilidade de crescimento do trabalho livre, o incremento nos procedimentos industriais e a criação de novas cidades.

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