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domingo, 21 de novembro de 2010

Atividade

Como atividade, propomos aos alunos, uma pesquisa em grupo, com os pais, avós ou até mesmo com os moradores da cidade, para saber o porquê de se ter trilhos, trens em Paranapiacaba, mas que não funcionam, ou seja, ninguém pode utilizar como meio de transporte.
Depois da pesquisa, os alunos deverão fazer uma comparação com os dados coletados na pesquisa e dados encontrados na internet e livros.
Por fim, cada grupo deverá apresentar para a classe a sua pesquisa.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Paranapiacaba no Comando da Madrugada (parte 3)

Paranapiacaba no Comando da Madrugada (parte 2)

Paranapiacaba no Comando da Madrugada (parte 1)

Locobreque em Funcionamento em Paranapiacaba

De São Paulo a Parabapiacaba de Trem (CPTM) e Bike

A Igreja de Paranapiacaba



            A igreja Nosso Senhor Bom Jesus de Paranapiacaba foi construída no final do século XIX, ao lado do cemitério. A sua data de construção foi logo depois do início da construção do trecho serrano da ferrovia, e antes de trafegar a primeira composição. Antes da construção da igreja havia na localidade um oratório, cujo registro mais antigo data de 1880.

            Em sua origem, chamou-se Capela do Alto da Serra, e recebeu licença qüinqüenal para celebração de missas, pela primeira vez, em 8 de agosto do mesmo ano. Ela teve como padroeiro o Bom Jesus.

            A Igreja e cemitério foram construídos graças à colaboração de Bento José Rodrigues, um dos primeiros moradores do morro. Com a criação da paróquia de Ribeirão Pires em 1911, a igreja do Bom Jesus do Alto da Serra passou a ser ligada a ela; hoje, está anexada à paróquia de Rio Grande da Serra.

Museu do Funicular



            Este Museu expõe uma interessante exibição das máquinas fixas, que transportavam o trem por meio do sistema de transporte Funicular. No museu pode-se encontrar também uma grande coleção de objetos antigos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.

Oficina de Educação Ambiental

Ecologia e Meio Ambiente

A Oficina de Educação Ambiental trata de caminhadas fáceis trilhas, cachoeiras e muito mais. O grupo ecológico Caneco Verde se reúne sábados, domingos e feriados no ponto de ônibus Paranapiacaba em Rio Grande da Serra (CPTM - L10) para daí iniciar o deslocamento para V.Taquarussú.

Telefone para contato: 7143-0879 / 2422-4735 (Inácio)
email: inacio_trilha@ig.com.br
Orkut: Inácio Cardoso Guarulhos

"Há 22 preservando Paranapiacaba e a Serra do Mar"
ONG CANECO VERDE



"Passeio para Paranapiaca só tem vaga no ano que vem"

Volta aos Trilhos



Fonte: BrasilTuris Jornal- Informativo da Indústria Turística Brasileira - Ano 30 nº683 Outubro 1ªQuinzena 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

Estação de Alto da Serra

Estação de Alto da Serra, nos primeiros anos do século 20 (Cartão postal)

CURIOSIDADES

VOCÊ SABIA?



George Stephenson (1781-1848) desenhou a locomotiva a vapor e é conhecido como o pai dos caminhos de ferro britânicos.
Na sua juventude trabalhou como operador de máquinas a vapor numa mina de carvão em Wylam, a sua terra natal. O seu conhecimento sobre os motores a vapor foi aumentando, até que em 1812, deixou de operar máquinas e passou a construí-las.
Stephenson projetou a sua primeira locomotiva em 1814, que foi batizada de Blucher e destinava-se ao transporte de carvão dentro da mina e foi a primeira locomotiva a usar rodas com rebordos que a impediam de sair dos carris.
Foi convidado para construir uma ferrovia de 13 Km entre Hetton e Sunderland, esta usava a gravidade para mover a carga nos percursos inclinados e locomotivas para as partes planas e subidas e foi a primeira linha-férrea que não usava nenhum tipo de energia animal.
Entre 1822 e 1825 construiu a sua primeira locomotiva à qual chamou ‘’Active’’ e mais tarde renomeou ‘’Locomotion’’. A linha-férrea foi inaugurada em 27 de Setembro de 1825. Conduzida por Stephenson, a ‘’Locomotion’’ transportou 80 toneladas de carvão e demorou 2 horas para percorrer o trajecto de 15 quilómetros, tendo chegado a atingir os 39 Km/hora numa parte do troço. A primeira carruagem desenhada para transporte de passageiros, chamava-se ‘’Experiment’’ e foi também atrelada ao comboio. Foi a primeira vez que passageiros foram transportados num veículo propulsionado por uma locomotiva a vapor.
Durante a construção da linha, Stephenson reparou que mesmo nas pequenas subidas do percurso, a velocidade do comboio diminuía drasticamente e que as descidas, tornavam os travões completamente inúteis,pois estes não conseguiam fazer parar o comboio. Isto o levou a considerar que as linhas-férreas, deveriam ter um percurso o mais plano possível. Quando fez as linhas-férreas BoltonLeigh e LiverpoolManchester, esses conhecimentos levaram-no a fazer uma série de terraplanagens e a construir viadutos em pedra, de forma a tornar os percursos mais suaves.
            Stephenson tornou-se um homem muito famoso, tendo-lhe sido oferecido o lugar de engenheiro-chefe em diversas linhas-férreas. Morreu em 12 de Agosto de 1848 em Chesterfield na Inglaterra. O seu filho Robert Stephenson foi quem analisou os anteprojetos da construção da 1ª linha férrea paulista, a São Paulo Railway.

COMO CHEGAR

CARRO
            Segue-se pela Rodovia Anchieta até o km 29 (Placa para Ribeirão Pires Próximo ao Posto da Policia Rodoviária), entrar a direita na SP 148(Estrada Velha de Santos), até o km 33 (proximo ao Salão Estancia Alto da Serra), entrar a esquerda na Rodovia Índio Tibiriçá(SP 31), até o km 45,5 próximo ao terceiro posto de gasolina (POSTO SHELL) antes da ponte (ponte seca). Ao lado do posto Shell desça a rua a esquerda e vire a direita na Rodovia Ribeirão Pires Paranapiacaba(SP 122), e siga sempre em frente até a Vila de Paranapiacaba Parte Alta(Estacionamento).
            OBS: A Vila de Paranapiacaba e constituída de duas partes, Vila baixa e Vila Alta, caso você queira ter acesso a parte alta da vila onde encontra-se o estacionamento siga pela Rodovia SP 122 (Rodovia Ribeirão Pires Paranapiacaba) até o final dela (Próximo ao Cemitério) , Caso você queria ter acesso a parte baixa da vila siga pela a SP 122 (Rodovia Ribeirão Pires Paranapiacaba) até Estação de Trem de Campo Grande entre a esquerda, atravessando os trilhos depois entre a direita seguindo pela estrada de terra até a Vila de Paranapiacaba, quando você passar pela torre onde está o relógio " Big Ben " entre a primiera direita próximo ao trem velho seguindo em frente, depois entre a direita até ao largo do Padeiros "Centro da Vila de Paranapiacaba".

ONIBUS 

            A Partir de Rio Grande da Serra: Pegar o ônibus no ponto final ao "lado" da Estação de Trem de Rio Grande da Serra, proximo a farmacia.
            A Partir de Santo André: Pegar o ônibus no Terminal de Ônibus Urbano e Rodoviário Prefeito Saladino (Tersa) ou ao lado do Shopping Center ABC Plaza proximo a Estação de Trem de Santo André.



TREM  

            Pegue o trem para Rio Grande da Serra na Estação de trem do Luz de 20 em 20 minutos. Os trens só chegam até a Estação de Rio Grande da Serra, a partir desse ponto só de ônibus.

Bate-volta

Onde fica
Vila de Paranapiacaba - Santo André - SP, no alto da seera do mar

Por que ir
A Vila de Paranapiacaba foi planejada e construida pelos ingleses, quando da construção da antiga Estrada de Ferro São Paulo Railway.
Tem uma réplica do Big Ben Londrino, tem uma névoa que não fica devendo nada ao "Fog" inglês, tem passeio de maria fumaça e tem muita natureza, mata atlântica preservada muitas cachueiras e trilhas.

Quando ir
O ano todo. Procure saber da agenda cultural e de eventos no site da Prefeitura de Santo André - www.santoandre.sp.gov.br -.
Tem o Festival de Inverno, A Festa do Cambuci, Foop-Festival de Oratórios e Presépios, tem Núcleo de Cerâmica e um monte de coisas pra ver, vários artistas tem seus ateliês montados na Vila.

Quem vai
Tudo mundo que curte natureza e coisas bacanas.

Quanto custa
            Depende muito do bolso do interessado, pode gastar apenas o valor da condução. Vindo de São Paulo, pegar o trem na estação Brás até Rio Grande da Serra depois pegar ônibus até a Vila (utilize a integração, sai mais barato) ou se quiser pode se hospedar em uma das várias "pousadinhas". Têm alguns bares, pequenos restaurantes nas casas dos moradores.

Projetos

 Primeiros Projetos

Um grupo de brasileiros, em 1839, submeteu à apreciação do engenheiro Robert Stephenson um anteprojeto, referente à construção de uma estrada de ferro através da Serra do Mar, pois a Serra constituía um entrave ao progresso da Baixada Santista e do próprio Estado de São Paulo - pois, praticamente, isolava o Porto de Santos de toda a zona produtora do planalto.
Robert Stephenson era filho de George Stephenson, inventor da primeira locomotiva a vapor e construtor da estrada de ferro entre Manchester e Liverpool, precursora de todas as estradas de ferro do mundo. O projeto brasileiro foi considerado prematuro e, conseqüentemente, abandonado.

 O Projeto de Mauá

Em 1859, Barão de Mauá, junto com um grupo de pessoas, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos. O Barão de Mauá então ordenou os estudos e os exames do trecho compreendido entre Jundiaí e o alto da Serra do Mar.
O trecho de 800 metros de descida da Serra do Mar era considerado impraticável; exigia tal perícia dos engenheiros, que só poderia ser realizada através de excepcional experiência. Por isso, Mauá foi atrás de um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
A primeira dúvida sobre a projetada São Paulo Railway era referente aos custos, já que o contrato oferecido esboçava uma ferrovia de bitola larga (1 metro e 60 centímetros) através do traçado mais curto, entre Santos e Jundiaí.
Brunlees veio examinar a Serra. Achou que uma estrada de ferro podia escalá-la, por um custo dentro dos limites estabelecidos, e aceitou o contrato.
Faltava agora achar alguém disposto a executar o projeto. Foi-se atrás de Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia adquirido experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pireneus. A descoberta do traçado definitivo foi feito a partir do litoral, conforme Fábio Cyrino, na sua obra Café, Ferro e Argila:

Fox percorreu a Serra do Mar de cima a baixo, mas a descoberta de uma passagem através da muralha da serra, na qual os trens podiam trafegar, só foi encontrada quando o engenheiro desembarcava em Santos, pois a mesma só era possível se avistar de longe. Nessa ocasião Fox percebeu uma fissura que se estendia até o cume, sendo a mesma interrompida por uma grota aparentemente intransponível, a Grota Funda, e deste ponto foi possível vislumbrar a rota definitiva para a estrada ao longo do vale do Rio Mogi.

Fox propôs então que a rota para a escalada da Serra deveria ser dividida em 4 declives, com o comprimento de 1.781, 1.947, 2.096 e 3.139 metros, respectivamente, tendo cada um a inclinação de 8%. No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de "patamar", com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares, deveriam ser montadas uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos. A proposta foi aprovada por Brunless e uma nova empresa foi criada: a The São Paulo Railway Company Ltd. (SPR).

Construção do Trecho de Planície

            No dia 15 de março de 1860, começou a construção do trecho de Santos a Piaçagüera, ao pé da Serra do Mar, com 20 km. Para isso, foi necessário construir 2 pontes paralelas, cada uma com 150 metros de comprimento, para unir Santos ao continente. Posteriormente, tiveram de ser transpostos o Rio Moji, com uma ponte com três aberturas de 20 metros cada uma, e o Rio Cubatão, com outra ponte de quatro aberturas de 23 metros cada.

A Subida da Serra do Mar

Viaduto da Grota Funda e 4ª Máquina Fixa
No alto da serra foi criada uma estação que serviu de acampamento de operários que foi chamada de Paranapiacaba. Ela possibilitava a troca de sistema pelos trens.
A estrada foi construída sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável. A escavação das rochas foi feita somente com cunhas e pregos. Alguns cortes chegaram a 20 metros de profundidade. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria de 3 a 20 metros de altura, o que consumiu 230.000 metros cúbicos de alvenaria.
A despeito de todas as dificuldades, a construção terminou 10 meses antes do tempo previsto no contrato, que era de oito anos. A São Paulo Railway foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867.

A Construção da “Serra Nova”

O Sistema Funicular da Serra Nova.
O grande volume de café transportado para o Porto de Santos fez com que em 1895 se iniciasse a construção de uma nova estrada de ferro, paralela à antiga, chamada de Serra Nova.
Para essa nova estrada foi utilizado um sistema endless rope, ou "sem-fim" (funicular). Nesse sistema o percurso era dividido em cinco seções, em cada uma delas havia máquinas de 1000 cv instaladas em posições subterrâneas, embora estas máquinas não ultrapassassem a potência de 951 cv. Para cada composição que subia, havia uma outra composição de peso próximo ou equivalente, de modo a contrabalançar as forças de subida e descida e desta maneira, permitir às máquinas fixas, um esforço mínimo.
No deslocamento da composição, de um plano para outro, uma máquina chamada locobreque, que acompanhava os vagões, possuía uma tenaz que se prendia ao cabo impulsor até a seção seguinte, onde se realizava a mudança de cabo, e assim sucessivamente até o pé da serra. O sistema foi inaugurado em 1901, sendo apelidado de Serra Nova, enquanto a antigo, de Serra Velha.

Quebra do Monopólio Inglês

Em 1889 foram feitos os primeiros protestos contra o monopólio britânico sobre a rota do porto de Santos, o que culminou com a construção da "Mairinque-Santos", em 1910, pela Estrada de Ferro Sorocabana.
Encampação
            Em 13 de setembro de 1946 acabou o contrato de 80 anos da São Paulo Railway; então ela foi encampada pelo governo brasileiro e em 27 de setembro de 1947 foi transformada na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Dez anos depois, a EFSJ foi uma das formadoras da RFFSA, juntamente com a Estrada de Ferro Central do Brasil no Estado de São Paulo. Nos anos 60, a volume de carga para o Porto de Santos aumentou e o sistema de locobreques tornou-se obsoleto.
            Então, em 1970, foi inaugurado o Sistema Cremalheira-Aderência, no traçado da antiga Serra Velha, utilizando locomotivas elétricas. Finalmente, em 1984 o sistema de locobreques da Serra Nova é desativado, e, em 1987, é abandonado. Em 1996, a administração da linha passa para a MRS, que a mantém até hoje.

Ferrovia












São Paulo Railway (1867-1946)

E. F. Santos-Jundiaí (1946-1994)

CPTM (1994-2001)

Município de Santo André, SP Linha-tronco - km 30,300 (1935)   SP-2654    

Inauguração: 16.02.1867
Uso atual: fechada com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1977  

HISTORICO DA LINHA

A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou até a década de 30, o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pelo qual se tornou mais conhecida, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Rio Grande da Serra continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.  



A ESTAÇÃO

            A estação de Paranapiacaba, aberta com o nome de Alto da Serra em 1867. Feita para ser o pátio de operações do sistema de cabos implantado pelos ingleses em 1867, nela foi mais tarde, em 1896, construída uma vila para os funcionários da São Paulo Railway que com seu estilo inglês e sua beleza, aliada às belezas naturais do local, foi tombada pelo Patrimônio Histórico há muito tempo. Por volta de 1900, uma segunda estação, diferente e maior do que a original, foi construída. Em 1907, o nome da vila foi trocado para Paranapiacaba, "lugar de onde se avista o mar". O nome da estação, entretanto, permaneceu como Alto da Serra até 1945, quando foi alterado para Paranapiacaba.

            Pelo seu imenso pátio estão espalhados esqueletos de carros e locomotivas antigas, novas, a vapor e diesel, carros de madeira e de aço e mais uma infinidade de equipamentos que sofrem com o abandono geral das ferrovias. Paranapiacaba era atendida até novembro de 2001 pelos trens metropolitanos da CPTM, que para lá iam em diferentes horários, mas não tantos quantos os que chegavam a Rio Grande da Serra diariamente. A partir daí, os trens somente passaram a seguir nos fins de semana para Paranapiacaba, e um ano depois, a suspensão total do trem para a vila acabou desagradando a muitos. Em 2002, a Prefeitura de Santo André adquiriu a vila inglesa, mas não o pátio ferroviário, que continua abandonado.

Vila de Paranapiacaba (antiga ALTO DA SERRA)

           Paranapiacaba se localizada no alto da serra do mar entre o planalto paulista e o mar. Visitar Paranapiacaba é voltar no tempo, sua importância histórica se origina nos tempos do Império. Ao caminhar pelas ruas da vila podemos contemplar uma diversidade de paisagens, de um lado da cidade pode-se ver a influência da cultura inglesa na construção das moradias, de outro, moradias em estilo português. A estação ferroviária, o Castelinho, o Museu Funicular carregam em si parte da memória da história do nosso país.


          Na vila todos dizem que Paranapiacaba significalocal de onde se avista o mar”: “paraná” = mar, e “apiacaba” = vista, visão. Mas existem outras versões para esta palavra de origem indígena. Segundo o historiador santista Francisco Martins dos Santos o termo original tupi é “pêranaípiâquaba”, que significa “passagem do caminho do porto do mar”. O historiador Simão de Vasconcelos aborda esse termo: “Paraná-Picaba” era a denominação que os índios davam à serra de Cubatão.
A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se urgente a construção de uma ferrovia, pois o Estado de São Paulo, em virtude de seu desenvolvimento, teve a intensificação do transporte da produção agrícola do Porto de Santos para o Planalto Paulista. Depararam-se com a dificuldade de transpor a Serra, pois naquela época o único meio de transporte era o lombo de burro, além de ser precário, o custo era elevado. A Vila de Paranapiacaba nasce em decorrência da construção desta ferrovia.
Para transpor os 800 metros de escarpa que separavam o planalto da baixada, foi necessária adoção do sistema funicular, baseado em quatro planos inclinados interligados por patamares, onde foram instaladas as máquinas fixas que acionavam os cabos de aço que sustentavam a locomotiva e as composições na subida e descida da serra. O funcionamento deste sistema exigia um grande número de operários, por esta razão constituiu-se o primeiro núcleo de povoamento denominado Varanda Velha, posteriormente conhecido como Vila Velha.
A crescente utilização da ferrovia para o transporte do café do interior até o porto, demandou a construção da segunda linha do Funicular. Esta duplicação requereu a permanência de um número significativo de operários, técnicos e engenheiros no local para atuarem na administração e manutenção das linhas e dos pátios. Por força das circunstâncias, a empresa São Paulo Railway Co., que obteve a concessão deste trecho da ferrovia por 90 anos, optou pela construção de uma vila para abrigar seus funcionários, nas proximidades das instalações ferroviárias.
            A implantação da Vila Martim Smith e a Vila Velha ocuparam uma trecho urbanizado de 323.000 m² dentro de uma área de 1.949.820 m² pertencente ao Império. Para justificar esta concessão, o poder público ressaltou os resultados positivos da implantação da ferrovia, como por exemplo a valorização das terras, a possibilidade de crescimento do trabalho livre, o incremento nos procedimentos industriais e a criação de novas cidades.